Inquieta, sentada, as horas não passam, um mundo de
possibilidades gira a minha volta sem que eu possa perceber. Meu coração bate,
não consigo ficar em silêncio comigo mesma, fecho meus olhos e posso ver, quase
consigo tocar a pessoa hipotética a me esperar com um livro aberto. Gostaria
que fosse outro alguém seria mais fácil.
Quem disse
que as coisas são fáceis? O garoto hipotético com seu livro tão desastrado
quanto eu me fez ver coisas de ângulos diferentes. Deveria ter fugido, não deveria
ter facilitado, aberto o jogo, iniciado toda aquela seção de “como é tudo lindo
e brilhante quando o amor acontece”! Quem disse que é amor? Como pode ser? Não
deveria.
Ele lá, eu aqui
dois mundos, duas pessoas, duas fases, medos, incertezas, medos, mensagens,
fotos, olhares, parecemos dois idiotas em tão pouco tempo. Isso faz com que eu
escreva desesperadamente para descontar as horas de ansiedade de uma coisa que
como sempre vem me arrasa e depois se vai e me deixa sozinha como uma criança
que perde o seu brinquedo favorito.
Não quero, não
preciso passar por esse paradoxo contraditório de novo, mas eu sei de uma coisa
nunca, nem em meus devaneios alguém me deixou assim tão confusa antes...
Nenhum comentário:
Postar um comentário